terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

A ARTE MODERNA NO BRASIL

Na Europa do final do século XIX e início do XX, muitos artistas não mais desenhavam segundo as regras ensinadas nas academias de arte. Eles buscavam novas formas de desenhar, esculpir e pintar, e assim deram origem a novos estilos artísticos.
Muitos artistas brasileiros aderiram ao Modernismo e em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, realizaram a SEMANA DE ARTE MODERNA, evento que contou com a participação de:
  • ARTISTAS PLÁSTICOS: Victor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti;
  • ESCRITORES: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho;
  • MÚSICOS: Villa – Lobos, Guiomar Novaes, Ernâni Braga, Frutuoso Viana;
  • ARQUITETOS: Antônio Garcia Moya, Georg Przyrembel;
O principal objetivo dos artistas envolvidos na SEMANA DE 22 era apresentar um novo caminho para a produção artística nacional, produzindo uma arte verdadeiramente brasileira que rompesse com os modelos importados da PARIS (FRANÇA) acadêmica e ao mesmo tempo associada ao ritmo de desenvolvimento das cidades modernas.

TARSILA DO AMARAL

Pintora brasileira, escultora e desenhista de renome internacional, com atuação marcante no panorama artístico brasileiro. Casada com o escritor modernista Oswald de Andrade, participou da SEMANA DA ARTE MODERNA de 1922. Sua obra se divide em três fases:

  • PAU BRASIL: na qual Tarsila retrata aspectos da vida brasileira(paisagens, cidade grande, tipos regionais) usando um colorido forte;
  • ANTROPOFÁGICA: caracterizada pela deformação das figuras retratadas e coloridos intensos;
  • SOCIAL: em que a maior preocupação é a retratação de temas sociais(operários, o povo e seu cotidiano) e as cores utilizadas são um pouco mais sóbrias(discretas).
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Victor Brecheret


Victor Brecheret foi um importante escultor ítalo-brasileiro do século XX. Nascido "Vittorio Brecheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) nasceu na Itália em 22 de fevereiro de 1894.
É considerado um dos principais representantes da Arte Moderna no Brasil. Teve importante participação, expondo esculturas, na Semana de Arte Moderna de 1922. Grande parte de suas esculturas está exposta em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo. O Monumento às Bandeiras, exposta no Parque do Ibirapuera (zona sul de São Paulo), é uma de suas obras de arte mais conhecidas.
Durante sua vida artística ganhou vários prêmios nacionais e internacionais de arte, comprovando seu grande talento artístico. Victor Brecheret morreu na cidade de São Paulo (Brasil) em 17 de dezembro de 1955.

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LASAR SEGALL
Antes da explosão do Movimento Modernista de 1922, o Brasil teve com Lasar Segall (1891-1957) seu primeiro contato com a arte mais inovadora que era feita na Europa.
Segall nasceu na Lituânia (leste europeu), mas foi na Alemanha para onde se mudou em 1906 que estudou pintura.
Em 1913, veio para o Brasil, onde realizou uma exposição de sua pintura, já com nítidas características expressionistas, se tornou um dos primeiros acontecimentos precursores da arte moderna no Brasil. Essa exposição não provocou nenhuma polêmica, pois seus trabalhos foram vistos como a produção de um estrangeiro.
De volta à Alemanha, lá permaneceu até 1923. Nessa época seu desenho anguloso e suas cores fortes procuram expressar as paixões e sofrimentos do ser humano. É assim, por exemplo, em “Meus Avós” de 1920.
Em 1924, retornando ao Brasil, Lasar Segall passou a residir definitivamente em São Paulo. A partir daí, sua pintura assumiu uma temática brasileira: seus personagens agora são mulatas, marinheiros, sua paisagem, favelas e bananeiras, como podemos ver na tela “Bananal” de 1927.
Entre os anos de 1936 e 1950, sua pintura volta-se para os grandes temas humanos e universais, sobretudo para o sofrimento e a solidão. São dessa época, entre outras, as telas:
  • Guerra e Campo de concentração.
Os desenhos são importantes na produção de Segall e, como na gravura, apresentam temas recorrentes como o universo de desfavorecidos e marginalizados pela sociedade. O artista confere a suas figuras deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os oprimem, o que gera um clima de tristeza e abandono.
O humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em toda a sua carreira. Segall aborda temas universais, expressando-os com emoção, por meio da cor em sua pintura ou pelo jogo entre linha e vazio em suas produções gráficas.
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ANITA MALFATTI

Anita Malfatti estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova Iorque). Em sua passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve contato com o movimento modernista.
Em 1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens marginalizados dos centros urbanos, causaram desaprovação nos integrantes das classes sociais mais conservadoras.
Devido as críticas e polêmicas referente aos seus trabalhos, Anita acabou tendo uma importância histórica muito grande para as artes do Brasil, pois na medida em que foi criticada, popularizou a atenção dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava para novos caminhos, principalmente para os novos usos da cor.
Em 1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia. Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris. Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre 1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa.  XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX


Pré - História - 6º ANO

A ARTE PRÉ-HISTÓRICA

Presentes em todos os estudos de história da arte, as pinturas rupestres, ou pinturas das cavernas, só foram descobertas no século passado. Pertencem ao período pré-histórico e, portanto, o seu estudo e interpretação apoiam-se mias na antropologia do que na história e na estética.

A descoberta das pinturas rupestres causou extraordinária admiração. Desafiaram e continuam desafiando os estudiosos. Todas as teorias sobre essa arte repousam sobre hipóteses, isto é, não têm (e provavelmente nunca terão) uma interpretação mais precisa sobre a motivação e o significado dessas pinturas.

As hipóteses mais frequentes sobre a criação dessas pinturas são associados aos rituais de magia. Segundo essas hipóteses, o homem primitivo não desenhava ou pintava por impulsos estéticos, mas movido pela crença na força mágica da pintura para dominar.

Vivendo de forma nômade, em condições precárias, e antes da prática da agricultura, o homem primitivo supria a necessidade de alimentos com a caça de animais.

Supõe-se que o homem pré-histórico acreditava que os desenhos eram propiciadores mágicos da caça, isto é, possuía o poder mágico de assegurar-lhe, antecipado, o sucesso na caça e, consequentemente, a sua sobrevivência.     





No Brasil, as pinturas e gravuras mais antigas chegam há ter 12000 anos e foram encontradas na região de São Raimundo Nonato, no Estado do Piauí. São desenhos e esboços de animais, pessoas, plantas e objetos. Muitas vezes mostram cenas da vida cotidiana, ou então, cerimônias de culto.

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Novo ano letivo - 2017 - Bem vindos!!!