A
ARTE MODERNA NO BRASIL
Na
Europa do final do século XIX e início do XX, muitos artistas não
mais desenhavam segundo as regras ensinadas nas academias de arte.
Eles buscavam novas formas de desenhar, esculpir e pintar, e assim
deram origem a novos estilos artísticos.
Muitos
artistas brasileiros aderiram ao Modernismo e em fevereiro de 1922,
no Teatro Municipal de São Paulo, realizaram a SEMANA DE ARTE
MODERNA, evento que contou com a participação de:
-
ARTISTAS PLÁSTICOS: Victor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti;
-
ESCRITORES: Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Ronald de Carvalho;
-
MÚSICOS: Villa – Lobos, Guiomar Novaes, Ernâni Braga, Frutuoso Viana;
-
ARQUITETOS: Antônio Garcia Moya, Georg Przyrembel;
O
principal objetivo dos artistas envolvidos na SEMANA DE 22 era
apresentar um novo caminho para a produção artística nacional,
produzindo uma arte verdadeiramente brasileira que rompesse com os
modelos importados da PARIS (FRANÇA) acadêmica e ao mesmo tempo
associada ao ritmo de desenvolvimento das cidades modernas.
TARSILA
DO AMARAL
Pintora
brasileira, escultora e desenhista de renome internacional, com
atuação marcante no panorama artístico brasileiro. Casada com o
escritor modernista Oswald de Andrade, participou da SEMANA DA ARTE
MODERNA de 1922. Sua obra se divide em três fases:
-
PAU BRASIL: na qual Tarsila retrata aspectos da vida brasileira(paisagens, cidade grande, tipos regionais) usando um colorido forte;
-
ANTROPOFÁGICA: caracterizada pela deformação das figuras retratadas e coloridos intensos;
-
SOCIAL: em que a maior preocupação é a retratação de temas sociais(operários, o povo e seu cotidiano) e as cores utilizadas são um pouco mais sóbrias(discretas).
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Victor
Brecheret
Victor
Brecheret foi um importante escultor ítalo-brasileiro do século XX.
Nascido
"Vittorio Brecheret" (sem a letra 'c' no sobrenome) nasceu
na Itália em 22 de fevereiro de 1894.
É
considerado um dos principais representantes da Arte Moderna no
Brasil. Teve importante participação, expondo esculturas, na Semana
de Arte Moderna de 1922. Grande parte de suas esculturas está
exposta em locais públicos, principalmente na cidade de São Paulo.
O Monumento às Bandeiras, exposta no Parque do Ibirapuera (zona sul
de São Paulo), é uma de suas obras de arte mais conhecidas.
Durante
sua vida artística ganhou vários prêmios nacionais e
internacionais de arte, comprovando seu grande talento artístico.
Victor Brecheret morreu na cidade de São Paulo (Brasil) em 17 de
dezembro de 1955.
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LASAR
SEGALL
Antes
da explosão do Movimento Modernista de 1922, o Brasil teve com Lasar
Segall (1891-1957) seu primeiro contato com a arte mais inovadora que
era feita na Europa.
Segall
nasceu na Lituânia (leste europeu), mas foi na Alemanha para onde se
mudou em 1906 que estudou pintura.
Em
1913, veio para o Brasil, onde realizou uma exposição de sua
pintura, já com nítidas características expressionistas, se tornou
um dos primeiros acontecimentos precursores da arte moderna no
Brasil. Essa exposição não provocou nenhuma polêmica, pois seus
trabalhos foram vistos como a produção de um estrangeiro.
De
volta à Alemanha, lá permaneceu até 1923. Nessa época seu desenho
anguloso e suas cores fortes procuram expressar as paixões e
sofrimentos do ser humano. É assim, por exemplo, em “Meus
Avós”
de 1920.
Em
1924, retornando ao Brasil, Lasar Segall passou a residir
definitivamente em São Paulo. A partir daí, sua pintura assumiu uma
temática brasileira: seus personagens agora são mulatas,
marinheiros, sua paisagem, favelas e bananeiras, como podemos ver na
tela “Bananal”
de 1927.
Entre
os anos de 1936 e 1950, sua pintura volta-se para os grandes temas
humanos e universais, sobretudo para o sofrimento e a solidão. São
dessa época, entre outras, as telas:
-
Guerra e Campo de concentração.
Os
desenhos são importantes na produção de Segall e, como na gravura,
apresentam temas recorrentes como o universo de desfavorecidos e
marginalizados pela sociedade. O artista confere a suas figuras
deformações expressivas e situa os personagens em espaços que os
oprimem, o que gera um clima de tristeza e abandono.
O
humanismo, revelado pela preocupação com a violência, a miséria e
as injustiças sociais, e certo caráter lírico estão presentes em
toda a sua carreira. Segall aborda temas universais, expressando-os
com emoção, por meio da cor em sua pintura ou pelo jogo entre linha
e vazio em suas produções gráficas.
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ANITA
MALFATTI
Anita
Malfatti estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados
Unidos (estudou na Independent School of Art em Nova Iorque). Em sua
passagem pela Alemanha, em 1910, entrou em contato com o
expressionismo, que a influenciou muito. Já nos Estados Unidos teve
contato com o movimento modernista.
Em
1917, Anita Malfatti realizou uma exposição artística muito
polêmica, por ser inovadora, e ao mesmo tempo revolucionária. As
obras de Anita, que retratavam principalmente os personagens
marginalizados dos centros urbanos, causaram desaprovação nos
integrantes das classes sociais mais conservadoras.
Devido
as críticas e polêmicas referente aos seus trabalhos, Anita acabou
tendo uma importância histórica muito grande para as artes do
Brasil, pois na medida em que foi criticada, popularizou a atenção
dos artistas inovadores e revelou que sua arte apontava para novos
caminhos, principalmente para os novos usos da cor.
Em
1922, junto com seu amigo Mario de Andrade, participou da Semana de
Arte Moderna. Ela fazia parte do Grupo dos Cinco, integrado por
Malfatti, Mario de Andrade, Tarsila do Amaral, Oswald de Andrade e
Menotti Del Picchia. Entre os anos de 1923 e 1928 foi morar em Paris.
Retornou à São Paulo em 1928 e passou a lecionar desenho na
Universidade Mackenzie até o ano de 1933. Em 1942, tornou-se
presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos de São Paulo. Entre
1933 e 1953, passou a lecionar desenho nas dependências de sua casa.
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